segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Lisboa, a boa!

É claro que fazer a entrada para a Europa através de Lisboa foi estratégico. E alguns fatores pesaram na hora da escolha:

1) As passagens da TAP estavam mais em conta. Paguei 3.880,00 em seis suaves prestações no mês de novembro/2013. Não sei se foi loucura comprar com tanta antecedência, mas preferi não arriscar.
2)  Precisava de ser um país que falasse o meu idioma,  pois não queria arriscar ficar presa em uma alfândega com um idioma diferente do meu... mas confesso que não tinha grandes expectativas com Lisboa.

Lisboa me surpreendeu. Foi uma cidade muita agradável e marcante. Os preços bem atrativos. Bem organizada, pequena e acolhedora. Eu sempre vejo o pessoal falando de Roma para lá, para cá, mas na minha opinião Lisboa dá de 10 a 0 em Roma e com certeza, Lisboa abriu o nosso mochilão com chave de ouro.

Alguns micos, relatos e curiosidades de Lisboa:

Transporte:

1) A cobradora do aerobus era trilíngue - Ela falava inglês, espanhol e português. Fiquei boquiaberta da eficiência lusitana... nunca mais conto piada de português.

2) Fui salva pela wi-fi do aerobus, pois pude visualizar o whatsapp do Felipe falando que o vôo dele iria atrasar umas  4 horas. Aliás,  depois de endereços, pontos de wi-fi foram as coisas que mais procurei na Europa.

3) A maioria dos pontos de Lisboa tem um  painel luminoso avisando do andamento do ônibus e quantos minutos falta para ele passar. Amei a ideia.
4) Os metrôs de Lisboa tem avisos alertando sobre os batedores de carteira. Mas felizmente não achei nenhum,  pra quem vive em São Paulo, diante de tanta violência, eles devem ser amadores.

Os Micos

1) Chegamos cedinho em Lisboa, tomamos o aerobus até Picoas e como o ponto era meio longe do hostel, de acordo com o meu mapa, caminhamos pelas ruas lusitanas com toneladas de bagagem. Como foi o hostel mais barato, estava preparara para surpresas. Avistei  um prédio bem abandonado com nº 197. Toco o interfone e falo: - Bom dia, viemos do Brasil, podemos deixar nossa bagagem antes do horário? Alguém responde no interfone com um sonoro:-  NÃO! Eu argumento: - É do hostel João XXI? Resposta no interfone: NÃO. Olho o endereço  na reserva:  nº 179. Choramos de tanto  rir.  Logo a seguir avistamos nosso hostel e recomendadíssimo. O pessoal é hiper atencioso, é limpinho e fomos muito bem recebidos. Teve até elevador para a bagagem. Coisa rara nos hosteis em que ficamos.


2) Eu amo bacalhau e comemos muito bacalhau e tomamos vinho. Comi bem demais e os preços são bem em conta. Só que no último dia, resolvi pedir os tais gambas (que são os camarões). Só que ao pedir ao invés de falar gambas (tônica no gam) eu falei gambás. A atendente cheia de interrogações disse: - Mas isso não tem aqui.  Todos choraram de rir. Depois que me toquei da tônica e pronunciei corretamente... rsrs... Pagar mico na própria língua é trágico... rsrsrs

E por falar em preços... um cartaz com os preços de um  dos locais que comemos:



3) E aí a gente toma o ônibus e sai visitando um monte de lugar. Fomos no Castelo de São Jorge e como o dia escure muito tarde, decidimos ir até a Torre de Belém. Tomamos a condução e descemos em um determinado ponto. Caminhamos debaixo de um sol quente e uma das nossas mochileiras jurou de pé junto que aquele monumento era a torre de Belém. Eu estava cismada pois a achei muito diferente do que havia visto em fotos, mas enfim, ficamos a bater fotos e ver o tal monumento, que na verdade era o Monumento dos Navegantes. Daí olho para o Tejo, e  ao longe, avisto a torre de Belém. Durante a longa caminhada, avistamos um Farol e outra mochileira saca a câmera e começa a bater fotos, mas eu digo: - Ainda não é a torre. rsrsrs. E andamos, andamos, andamos até chegar nela. Cansadas. Ali comemos o nosso pastel de Belém, vimos o por do sol e descansamos a beira do Tejo.

Adivinhe qual é a torre de Belém?



Saudades


E assim, Portugal deixou saudades:  das latinhas de coca-cola com frases e do Bacalhau na Nata comido quase que diariamente e em um dos dias num restaurante em forma de biblioteca. Dos charmosos bondinhos, das floreiras e dos azulejos, do Rio Tejo tão majestoso, da limpeza nas ruas e por não me preocupar em pisar nas "cacas" de animaizinhos, pois tem até multa pra isso. Dos cafés da manhã e seus galões, carcaças e tostados e do Paulo, que nos serviu tão bem com eficiência e hiperatividade. De Sintra com seu ar tão puro das montanhas, dos travesseiros e guloseimas lusitanas.  Do parque Eduardo VII, que ficava pertinho no nosso hostel e nos finais de tarde pudemos passear por ele, conversando, matando saudades do filho.   Valeu Portugal!!!! Eu voltaria outro dia  para te rever.




Um comentário:

  1. Eu também voltaria. Trilhões de saudades!!!! Ótimas recordações, meu coração se encheu de carinho por aquela terra...

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