sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Dicas interessantes na hora de fazer sua reserva...

Sobre hostel

Antes de viajar eu já comecei pagando o mico!
Minha viagem foi sem agência de viagem, euzinha fui a própria agenciadora de tudo. Fiquei dias e mais dias lendo muito sobre hosteis. É claro que não fiz a célebre pergunta que o pessoal faz nos grupos de mochileiros: - Qual é o melhor hostel para se ficar em tal lugar?  Eu sou muito cética. O que é bom para você  nem sempre é bom para mim e vice versa. Eu lembro que uma vez fui para Bariloche e o albergue que fiquei era muito bom, mas quando fui ler nas avaliações do tripadvisor vi gente falando que era uma porcaria. Então não acredito muito nas pessoas - é tudo muito relativo... Então porque ler as avaliações? Eu lia para saber se aquele determinado hostel ainda estava em atividade - simples assim. E ainda ía para o Google maps ver como era a localização do mesmo. Isso foi positivo, porque se a gente se dispõe a pagar pouco, não dá para exigir muito. E o mais gostoso de tudo foi a diversidade e a surpresa. Tinha hostel que tinha 4 tomadas no quarto e outros que tinha só uma. Tinha hostel que tinha café da manhã incluso, outros não. Tinha hostel que trocava diariamente lencois e toalhas e outros que nem  tinham toalha de banho. Tinha hostel que tinha secador de cabelo no banheiro e outros que  mal tinha uma porta inteira no banheiro. Tinha hostel que nem era hostel era uma apartamento totalmente equipado e tinha hostel que mal cabíamos dentro do quarto. Tinha hostel que tocava sirene de alarme no meio da noite e tinha hostel que era um sossego total. Enfim... foi muita riqueza de diversidade e isso enriqueceu sobremaneira a nossa viagem que não teve monotonia.

Mas e o mico?  

Como meu inglês é very bad eu pedi tudo em português na hora de fazer as reservas e um deles se chamava hostel jeunes. Nem me toquei, mas quando chegou  email confirmando a reserva em inglês e fui ler, uma cláusula me chamou a atenção e eu fui traduzir. O albergue poderia recusar nossas reservas se tivéssemos mais de 30 anos. Só o Felipe que tinha 20 anos do grupo... o resto era tudo "segunda idade, já beirando à terceira - rsrs). Aí comecei uma guerra homérica com o hostelbookers que não avisava no site sobre esse detalhe - pelo menos na pagina em português. Eu checava tudo e esse detalhe realmente não tinha lá na página em português disponibilizada por eles, mas  depois vi que tinha na em inglês. Enfim, eu queria meus 10% de volta, pois já tinha pago. E o pessoal do hostelbookers desconversaram mas não resolveram meu problema. O jeito foi chamar o super filho francês. Ele escreveu diretamente para o albergue em frances e o albergue nos retornou dizendo que estava tudo ok e que"não seriamos barradas" É claro que imprimi esse email por garantia e levei comigo no dia que realmente nada nos aconteceu. Traduzindo do francês = hostel jeunes  ou albergue de jovens. ahahahah. Esse foi o mico  pré viagem.

Qual site bom para fazer reserva?

Pra mim, site bom é aquele que os hosteis são mais baratos. Pelas minhas cotações os que ganharam foi o Booking e o Hostelbookers. Daí, peguei meu cartão de crédito e fui fazendo as reservas. Olhava os horários de funcionamento, o que tinha, localização, e uma série de coisas... só não olhei aquela famosa cláusula 

Pré-pagamento: O valor total da estadia será cobrado ao efetuar a reserva

Quando vi, estourei meu cartão, pois Amsterdã me cobrou na íntegra e eu já tinha pago todas as passagens aéreas naquele  mês (lembrando que pagava por 5 pessoas, e cobrava depois o pessoal). O hostel de Roma (Hotel Ginevra)  e Veneza (Hotel Caneva)  me escreveram cobrando e eu pedi para segurarem até o mês seguinte. Quanto a Veneza não teve acordo, mas Roma sim, aceitou segurar o cartão. A pessoa foi muito simpática. Daí cancelei Hotel Caneva e no mês seguinte fechei em outro local, por isso é bom estar atento  todas cláusulas.  O albergue de Paris  - Jeunes - também cobrou um valor, além do valor do hostelbookers, daí fiquei atenta, mas quando cheguei eles descontaram o valor antecipado. Cancelei minha reserva de Barcelona, Hostel Ideal, tinha ciência que teria que deveria pagar uma diária, mas eles não descontaram do meu cartão e o gerente queria que eu  depositasse a parte num banco espanhol. Eu não tenho como fazer essas transações aqui no Brasil e pedi para que ele fizesse o trâmite pelo booking, mas ele não fez (acho que perdeu o número do meu cartão) e ainda disse que eu era melindrosa. Fiquei com raiva e cancelei a reserva e acabei fechando em outro hostel, o Nou Raval. Ainda bem que minhas reservas foram feitas em janeiro, então deu tempo de solucionar esses problemas com uma boa margem de tempo. No mês de junho escrevi para todos os hosteis perguntando se estava tudo ok e tive o retorno de todos, afinal eu gosto de ter tudo bem confirmado.


Sobre bagagem

Essa é a foto da minha mala, da nautika roller 60 + 20 litros que eu personalizei, ficou lindinha, mas... não está dentro dos padrões do low cost - Daí acabei pagando de 15 a 25 euros por percurso para despacho da mesma. Poderia ter comprado uma mala de rodinha menor, penso que dava  para economizar... mas sei lá... a viagem foi tão rica que valeu cada euro dispendido. E ela é bem legal, tem várias divisórias e  não passei aperto.  Levei roupas para uns 10 dias e bom que foi verão, dispensando casacões... mas fui muito otimista com relação a calor. Passei frio em Paris e acabei comprando uma jaqueta lá, por 30 euros. E é claro, usei a lavanderia também em Paris, que rendeu boas risadas... mas isso fica para um próximo post.

Sobre low cost e locomoções

Foi se a época em que se viajava pela Europa de trem. Isso tá caro demais, então optei em ir pra os países de avião. Entrei no site da edreams e comecei a cotar os preços e sempre a easyjet tinha preços menores, daí acabei comprando quase tudo pela easyjet. Só não comprei Lisboa/Barcelona porque não tinha e achei um bom preço pela TAP.  A parte dos vôos foi a mais chatinha da viagem porque se perde muito tempo em aeroporto e eles sempre atrasam, aí é um stress... mas nem tudo é perfeito.
Para viajar ir para Andorra, optei em ir de ônibus pela Novatel, mas deu erro no site e acabei comprando pela Directbus e foi bom que já deixei tudo  esquematizado para ficar no aeroporto a fim de pegar o avião que nos levaria para Paris.
E é claro, não poderia deixar de comprar uma passagem de trem. Ir para Europa e não viajar de trem não tem graça, né? Comprei o bilhete pela Raieurope. O pessoal vive reclamando que não tem opção para imprimir a passagem e que a mesma tem que ser enviada pelo correio, mas no trajeto que fiz tinha essa opção, então eu imprimi aqui em casa  e deu tudo certo no dia.  Aliás, não tivemos nenhum imprevisto sequer. Estava tudo redondinho. Acho que vou montar uma agência de viagens linólica, porque deu tudo certo, tudo reservado, tudo no horário e logística perfeita. 
Na minha postagem anterior tem preço de todas essas coisas

Acho que nas próximas postagens já posso entrar na viagem. Ueba!!!





domingo, 31 de agosto de 2014

Para se mochilar é preciso planejar!

Dependurar as chuteiras?
Naquele ano de 2011, resolvi encerrar minhas aventuras mochileiras com uma viagem pelo Brasil, afinal de contas meus meninos já estavam meio grandinhos 17 e 18 anos. Que interesse teriam de viajar com a mãe? Seus interesses agora seriam outros. Então, nada como fechar o ciclo de mãe mochileira com a terra de origem! Mas... algo aconteceu! Naquele ano, o Felipe passou no vestibular em engenharia química na Poli e depois foi aprovado num programa de dupla formação no exterior e no ano de 2013 foi para França. E eu, não poderia deixar de aproveitar a oportunidade e realizar um velho sonho que  cultivava desde a adolescência: conhecer a Europa. Deus me deu esse presente, e assim, iria visitar e Felipe e de quebra dar uma visitadinha nos países do velho continente.

Nosso Grupo
Ao compartilhar meu sonho, várias pessoas se empenharam em ir e assim formamos um grupo de 4 jovenzinhas entre 49 e 60 anos, mais o meu filho de 20 anos que estava na França e que se encontraria com a gente por lá. Então já viu, né? Lembrei o filme da Era do Gelo, onde o Sid fala: - "Não sei o que vocês acham, mas somos o bando mais estranho que já vi". Foi hilário, o Fe conduzindo graciosamente esse pequeno "rebanho".


Para onde ir em julho/2014
Mandei um e-mail para o nosso grupo pedindo que compartilhasse quais países da Europa gostariam de ir. Ao receber os países, peguei um mapa da Europa  a tracei as cidades mais viáveis: Lisboa, Barcelona, Andorra, Paris, Londres, Amsterdã, Berlim, Veneza e Roma.  Mas... achei melhor já comprarmos as passagens, afinal de contas, iríamos na alta temporada e os preços poderiam subir demais. Então em novembro/2013, compramos nossa passagem para 01 de julho de 2014 - ida: GRU São Paulo > Portugal e volta 30 de julho: Roma/Fiumicino > São Paulo GRU. Compramos pela TAP e pagamos R$ 3.880,00. Parcelamos em seis vezes. Sei que não ficou muito em conta a nossa passagem, mas julho é um mês difícil de conseguir promoção daí não quis arriscar. Em maio já estávamos livres de parcelas e isso foi bem positivo. Eu também  não queria abrir mão de fazer a nossa entrada por Portugal por causa da língua e realmente foi uma decisão prá lá de sábia, pois nosso inglês estava bem precário. 



Nunca viaje em alta temporada (odeio essa frase)
Sempre que pesquisava sobre como economizar,  as pessoas diziam: evitem a alta temporada. Daí não se viaja na alta, se você é pobre? Pior ainda  se você é uma pobre e mortal professorinha como eu, daí é que não viaja nunca... está fadada a viajar somente nos livros? Pede demissão no serviço ou muda de profissão? Eu só sei que não levei a sério essa falácia. Descobri que não é a alta temporada que tanto encarece, mas a falta de um planejamento prévio e esse nos ajudou e muito! Tanto é que quando retornei da viagem não tinha dívidas, pelo contrário, não consegui gastar todos os euros e voltei com alguns deles (é claro que depois dei pro Felipe usar lá na França, antes que você me peça alguns - rsrsrs).  Então, bora planejar!

Planejar e planejar - Uma planilha de gastos de viagem para Europa
O restinho de dezembro/2013 e  janeiro/2014 foi para ler, planejar, calcular e estudar. Descobrimos que viajar de avião entre os países era mais barato, então iniciamos a compra de passagens aéreas e reservas de hosteis, hoteis e residenciais. Procurei não seguir uma receita ou padrão, mas aquilo que se encaixava melhor no nosso bolso. Todos estavam cientes que não teríamos luxo algum e o critério para reservar uma hospedagem era a  localização (lugares centrais) e preço acessível. Passei dias e noites, pesquisando. O google maps era meu aliado, pois realmente queria saber se o local reservado existia e nunca deixava de ler os comentários, embora nunca me valesse deles, pois todos os que fomos tinham críticas negativas, mas não me importava, pois não tínhamos dinheiro para um 5 estrelas, ou melhor 1 estrela (rsrs). E foi ai que surgiu essa planilha de custos de viagem que foi a nossa base na viagem inteira. Quer saber quando gastamos, onde nos hospedamos, quantos dias ficamos em cada país, qual foi a locomoção para cada país? É só checar na nossa planilha. Embora tivemos gastos adicionais como alimentação, passeios, seguro-viagem e outros. Mas isso vai ficar para uma próxima postagem. 





quinta-feira, 28 de agosto de 2014

O primeiro mochilão a gente nunca esquece

Quando os nossos filhos nasceram nos anos de 1994 e 1995, ficamos naquele impasse de procurar sempre dar coisas boas para eles. Eu nunca fui de dar presentes, mas sempre gostei de proporcionar a eles bons momentos,  assim sendo,  quando eram crianças bem pequenas, sempre íamos para hoteis-fazenda. Era bom para eles e para a "mamãe" também, pois enquanto eu descansava um pouco dos afazeres domésticos, eles se divertiam bastante. Mas eles cresceram um pouquinho e os preços dos hoteis-fazenda mais ainda, pois agora não tinha mais isento ou meia entrada. Fomos obrigados a excluir os hoteis-fazenda da lista e as viagens também, pois era tudo muito oneroso. O tempo foi passando e nunca tínhamos dinheiro para fazer uma boa viagem de férias, contentávamos em ir ao zoo, shopping ou play-center nas férias. Mas foi naquele ano de 2004 que resolvi fazer algo meio fora do convencional. Comecei a cotar preços para uma viagem à Argentina, mas daquelas estilo mochilão, pois pacote turístico ficaria caro demais.  Cotei passagem de avião para 3, mas ficava cara demais para aquele mês de julho, pois era alta temporada. Cotei passagem de ônibus e descobri que cabia no meu bolso. Pela internet cotei um hostel (albergue) que também cabia no meu bolso. Imprimi mapas de Buenos de Aires, e passava horas e mais horas lendo sobre  essa cidade portenha. E assim, naquele inverno de 2004 encaramos uma viagem de 36 horas, com dois garotos de 8 e 10 anos e saímos para a nossa primeira aventura. Quando o ônibus estacionou na rodoviária, pegamos um táxi e fomos para o Aventura Inn, bem próximo a Calle Florida. Ali vivemos momentos muito gostosos de amizade, de aventura, de risadas e de descontração. Uma vez li que  que esse tipo viagem gera adrenalina e é viciante, pois é, fui picada por esse vírus e nunca mais consegui parar de mochilar.

Mas... por hora é só. Tenho muito mais para escrever, mas se  ficou com gostinho de quero mais e se quiser ler sobre os outros mochilões que fiz nesses 10 anos, acesse: Linólica kids - entre no link VIAGENS.

E na próxima postagem: Europa: Como tudo começou...


Algumas fotos antigas do meu primeiro mochilão em julho de 2004